terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Crítica: Hitchcock (2013)



Que Alfred Hitchcock é conhecido como o mestre do suspense e do mistério no cinema, isso todos sabem. No entanto, poucos sabem que seu braço direito e principal colaborador na carreira era nada menos que sua mulher, Alma Reville. Ela era a palavra final na hora de escolher um roteiro para adaptar para as telas, além de ajudar o marido na direção e edição de seus filmes. É basicamente nessa relação que é centrada a trama de "Hitchcock", filme do diretor Sacha Gervasi. 




O filme, que se passa durante as gravações do clássico "Psicose", mostra a fundo todas as dificuldades que Hitchcock e Alma tiveram para produzir o maior clássico do suspense de todos os tempos. A luta contra a censura, a falta de interesse dos estúdios por uma estória que para eles não tinha sentido, e por fim, a desconfiança do público.

A direção de Sacha Gervasi, no entanto, peca no ritmo, que é bastante lento e sem atrativos. Você fica até o final apenas pela curiosidade de acompanhar os bastidores de Psicose, mas não pela qualidade da trama, que é definitivamente fraca. A atuação de Anthony Hopkins como Hitchcock é brilhante, mas a maquiagem não ficou legal. Em nenhum momento eu conseguir "ver" realmente Hitchcock, e isso fez falta. O elenco ainda conta com Hellen Mirren no papel da esposa Alma Reville, James D'arcy que interpreta Anthony Perkins (ator que fez o psicopata da história original) e Scarlett Johansson que interpreta Janet Leigh (a mocinha do filme de 1960).



Enfim, pode-se afirmar que "Hitchcock" é um filme para poucos. Se você nunca assistiu a Psicose ou nunca leu sobre a história de Ed Gein (o assassino que inspirou o filme), provavelmente não entenderá metade do que se passa em seus noventa minutos, pois o filme é direcionado a um público "X" e não faz questão de explicar nem as coisas mais básicas aos demais.

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