quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Crítica: O Impossível (2012)



Realista, porém exagerado. É assim que eu definiria a super produção espanhola O Impossível (Lo Imposible) do diretor Juan Antonio Bayona, que narra a história real do casal María Belón e Enríque Alvárez, sobreviventes do tsunami que devastou alguns países da Ásia em Dezembro de 2004.




Na primeira meia-hora de filme aparecem todos os elementos básicos de uma típica história de catástrofe. A viagem da família, sua chegada num paraíso natural da Tailândia, a noite de natal com suas emoções simples e a manhã tranquila na beira da piscina do resort. Tudo isso acontece até chegar o "clímax" do filme, o momento onde o local onde estão é atingido pela onda gigante. 

A partir desse momento é mostrada toda a dor e a luta pela sobrevivência da família, primeiramente do filho mais velho, Lucas, e da mãe, María, vivida pela experiente Naomi Watts, para depois mostrar o restante. A trama mostra também toda precariedade e dificuldade que uma cidade tem ao lidar com esse tipo de tragédia. O caos hospitalar, a solidariedade das pessoas e a busca pelos desaparecidos.


O maior erro do filme, no entanto, é nos fazer vivenciar a tragédia pelos olhos de meros "privilegiados". Pois logo após todo sofrimento, a família sai do país no avião luxuoso da sua seguradora, deixando todos os miseráveis para trás. Fica aquela impressão de que os ricos sofrem e sangram como todo mundo, mas sempre conseguem escapar com facilidade das situações.

Por fim, como falei no começo dessa crítica, é um filme bastante real mas exagerado e apelativo. O diretor recorre a todos os recursos de dramalhão possíveis para garantir que o espectador se mantenha emocionado diante da tela até o fim, e isso não cola. Para finalizar a desgraça tem ainda as atuações extremamente fracas, que só colaboram para o filme ser facilmente esquecível.


Nenhum comentário:

Postar um comentário