sábado, 4 de maio de 2013

Crítica: Ginger & Rosa (2012)


Retrato de uma geração marcada pelas descobertas, pelos conflitos familiares, pela liberdade sexual e principalmente por uma juventude politizada e preocupada com o futuro do mundo. Ginger & Rosa traça um paralelo entre todos esses dilemas que acompanharam a vida dos jovens nascidos entre as décadas de 40 e 50.




A beleza inocente de Ginger (Elle Fanning) em contraste com a sensualidade pungente de Rosa (Alice Englert) não impede que as duas sejam amigas inseparáveis desde a infância, e cresçam juntas em uma Londres dos anos 60 que ainda possui sequelas da Segunda Guerra Mundial.


Preocupadas com a crise dos mísseis entre Estados Unidos e Cuba, e principalmente com a iminente ameaça de uma Guerra Nuclear que afetaria o mundo inteiro, as duas se filiam em uma organização que visa protestar nas ruas para evitar esse tipo de conflito.




O problema entre as duas começa quando Rosa começa a ter um caso com o pai de Ginger, um ateu militante e apaixonado por música. É nesse momento que o filme passa a perder um pouco o rumo, focando-se em um drama familiar desnecessário, e não mais na história central.

Apesar de ser notório que a diretora Sally Potter quis fazer um drama biográfico, o filme acaba sendo, em partes, bastante superficial. Principalmente nas atuações, que deixam a desejar e são extremamente exageradas. Nas cenas mais dramáticas do enredo, Elle Fanning parece mais estar sendo perseguida por alguém armado de uma serra elétrica do que sofrendo pela traição de uma amiga, tamanho exagero na atuação.




Porém, nem tudo deve ser criticado no filme. Sua fotografia recheada de belas imagens e paisagens, sua trilha sonora baseada em clássicos da contracultura da época e principalmente seus diálogos, são o que fazem o filme valer a pena. Além, é claro, da beleza das atrizes, que é um colírio para os olhos.



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