quinta-feira, 18 de julho de 2013

Crítica: Behind the Candelabra (2013)



Behind the Candelabra, novo filme do diretor Steven Soderbergh, tem um roteiro bastante simples se analisado de longe: o filme mostra a relação amorosa entre duas pessoas desde seu início, passando pelo meio conturbado, e chegando ao seu decadente fim. Mas o que o torna diferente e o eleva da simples banalidade é que se baseia na história real de um ícone do passado: o pianista Liberace e seu namorado Scott.




Soderbergh prova que é possível fazer o espectador acompanhar uma cinebiografia até o fim, e se apaixonar pelo que vê, mesmo sem nunca sequer ter ouvido falar dos envolvidos. Para começo de conversa, Liberace foi um virtuoso pianista americano que ganhou fama no final dos anos 50 em programas televisivos. A cada ano que passava, sua vida particular e pública ficava mais extravagante, com direito a figurinos e palcos rodeados de ouro e muitos brilhantes.

Sua homossexualidade, apesar de evidente, era negada insistentemente para preservar sua relação com a mídia e com as fãs, que eram em grande maioria mulheres maduras. Isso não impedia-o de manter, às escondidas, romances tórridos com jovens rapazes, entre eles Scott (Matt Damon). E é justamente essa história de amor que o filme aborda.




Soderbergh transcreve seu roteiro de forma cronológica, com direito a passagem de cartelas na tela indicando o ano que se passa a ação. Mas apesar de simples, encanta a forma como nos é contada a história. Com cenários luxuosos, figurinos exuberantes e atuações fantásticas, Behind the Candelabra consegue ser um grande êxito naquilo que propõe: mostrar o dia-dia desse artista tão pouco conhecido nos dias atuais.

Liberace era chato, egocêntrico, e cheio de manias, e isso o diretor não faz questão nenhuma de esconder. Michael Douglas personifica o pianista com maestria nessa que até então é a melhor atuação que já vi do ator. Matt Damon não fica atrás no papel de Scott, e surpreende com sua atuação segura e verossímil.



Por fim, trata-se de um filme redondo, sem grandes surpresas, mas que enche nossos olhos ao assisti-lo. Certamente você vai terminar querendo procurar algo do artista na internet para assistir e eu garanto: vale a pena.

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