segunda-feira, 22 de julho de 2013

Crítica: A Família Flynn (2012)


Depois de estrear no cinema com o humor infantil de American Pie e de fazer alguns filmes de qualidade duvidosa, o diretor Peter Weitz nos traz em A Família Flynn (Being Flynn) seu primeiro drama, e aborda a relação entre pais e filhos com uma competência surpreendente.




Nicholas Flynn (Paul Dano) é um jovem de 20 anos que desde criança sonha ser escritor, como o pai, Jonathan Flynn (Robert de Niro), que ele nunca conheceu pessoalmente. Deslocado socialmente, e vivendo sozinho após sua mãe cometer suicídio, Nicholas resolve seguir os passos da melhor amiga, e passa a trabalhar num abrigo para sem-tetos.

O abrigo é um fiel e triste retrato socioeconômico da população pobre dos Estados Unidos, e que poderia se encaixar facilmente em qualquer outro lugar do globo terrestre. O que Nicholas porém não esperava, era encontrar o próprio pai vivendo nessas condições precárias, dormindo na rua após ser despejado do lugar onde morava e demitido do emprego.




Com vários flashbacks, o filme retorna diversas vezes à infância de Nicholas, quando ele morava sozinho com sua mãe (Julianne Moore). Pouco a pouco vamos adentrando nesse conflito entre pai e filho, já que a imagem que Nicholas possuía do pai era extremamente diferente.

Apesar do grande nome do filme ser o experiente Robert de Niro, quem de fato rouba a cena é Paul Dano. O jovem brilha em um papel difícil, e mostra mais uma vez que é um dos bons nomes dessa nova geração de atores. O enredo não deixa de trazer alguns clichês, mas nada que atrapalhe o bom andamento do filme, que em certos momentos chega a emocionar. Dramático, mas ainda assim com boas pitadas de humor, trata-se de um ótimo passatempo.


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