domingo, 21 de julho de 2013

Recomendação de Filme #26

Sociedade dos Poetas Mortos (Peter Weir) - 1989


Em Sociedade dos Poetas Mortos (Dead Poets Society), o experiente diretor Peter Weir narra brilhantemente a história real do professor John Keating (Robin Williams), e a relação com seus alunos numa instituição rígida e cheia de princípios na década de 50.

Em 1959, Keating retorna ao local onde estudou anos antes, mas agora como professor de Literatura, destinado a substituir outro que se aposenta. Bem conceituada e exigente, a Welton é uma escola preparatória para rapazes em regime de internato.



Nesse ínterim, Todd Anderson (Ethan Hawke) chega para seu primeiro ano como aluno. Tímido e inseguro, Todd é irmão de um brilhante ex-aluno e passa a dividir o quarto com Neil Perry (Robert Sean Leonard), estudante aplicado e talentoso, mas que é pressionado por um pai que controla cada uma de suas atividades. Juntam-se ainda aos dois Charlie Dalton (Gale Hansen), de espírito independente, ousado e um tanto anárquico, Knox Overstreet (Josh Charles), descontraído e romântico e Steve Meeks (Allelon Ruggiero), o de natureza mais de acordo com às convenções tradicionalistas da escola. 

Juntos, eles formam a típica turma de adolescentes ingênuos dos anos 50, empenhados nos estudos, mas que não deixam de burlar a vigilância da escola e encontrar espaço para a diversão.



Para os rapazes, Keating seria apenas um novo professor igual a todos os outros. Porém, já na primeira aula, eles percebem que não é bem assim, e Keating passa a chamar a atenção pelo uso de métodos nada convencionais. O novo professor adota uma metodologia de ensino que desperta a sensibilidade dos alunos através de poesia, fazendo-os pensar de forma autônoma e crítica sobre a sociedade e principalmente a escola, que insiste em ditar como devem pensar e se comportar. O estilo nada ortodoxo de Keating causa impacto nos outros lecionadores, e principalmente nos alunos, que passam a refletir sobre o que querem da vida.

Influenciados pelas suas ideias, os alunos decidem reabrir um grupo de leitura de poesia criado por Keating quando ele era aluno da instituição, denominada como a Sociedade dos Poetas Mortos. É magnifico esse crescimento dos personagens ao longo de enredo, e a descoberta de cada um sobre aquilo que mais desejam na vida, coisa que antes era vilipendiada pelos mais próximos.



O elenco é nada menos que crucial para o andamento da história. Jovens atores (alguns que seguiram carreira como Ethan Hawke, e outros que fizeram do filme sua unica e prazerosa experiência nos cinemas) contracenam com firmeza ao lado de Robin Williams, que com seu jeito excêntrico, consegue personificar o personagem com maestria e desenvoltura.

Por fim, trata-se de um filme atemporal, que faz e ainda fará sentido por muitos anos, abordando dramas pessoas que se encaixam em qualquer contexto. O que se vê são pessoas sendo pressionadas para alcançar um consenso ultrapassado de que os jovens precisam estudar em uma faculdade renomada para que sejam alguém na vida, fazendo exatamente aquilo que a sociedade espera que façam, e a luta de cada um pela quebra desse paradigma. Brilhante, fantástico, emocionante!


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