sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Crítica: Até o Fim (2013)


O experiente Robert Redford, que resolveu se empenhar na carreira de diretor de uns anos para cá, voltou aos cinemas como ator em um filme ousado do diretor J. C. Chandor (Margin Call - O Dia Antes do Fim), mas que infelizmente não possui nenhum conteúdo ou sequer algo a passar.


Em Até o Fim (All is Lost), Redford aparece navegando pelo Oceano Pacífico sozinho, a bordo do seu veleiro. Certo dia ele acorda e percebe que não pára de entrar água para dentro da embarcação. Ao subir a bordo para verificar, descobre que o motivo foi um choque contra um contêiner solto pelo mar, que abriu um buraco na lateral.

Mesmo com dificuldade, ele vai conseguindo manter o barco de pé. Porém, após uma tempestade, ele perde de vez o controle do seu barco, e ao naufragar, tem que passar a navegar em um bote salva vidas. Tem início então sua odisseia pelo pacífico, numa luta pela sobrevivência, principalmente contra as forças da natureza.


O filme é composto de apenas um personagem, que não pronuncia uma única palavra além de murmúrios. Isso nem sempre é ruim, mas no caso acaba sendo bastante enfadonho, e deixa o filme extremamente arrastado. Com perdão do trocadilho com o nome em português, é bastante difícil de se chegar até o fim.

Não saber nada sobre a vida do homem, nem sequer seu nome ou o que está fazendo ali, impossibilita que o público crie um vínculo com o mesmo. Uma simples introdução já ajudaria nesse sentido, e talvez ficasse mais fácil aguentar a longa jornada solitária e entediante em alto mar, mas não houve nenhuma preocupação da direção quanto a isso.


Para mim, Redford não passa de um canastrão, e sua atuação é ainda mais triste do que o enredo em si. Fraca e pouco convincente, alternou entre medo e tensão, mas sempre com a mesma expressão. Apesar de alguns elogios da crítica, e até de uma possível indicação ao Óscar, o fato é que o filme decepciona e deixa muito a desejar.


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