segunda-feira, 30 de março de 2015

Crítica: Jimi: All Is By My Side (2015)


Roteirista do vencedor do Óscar "12 Anos de Escravidão", John Ridley resolveu se aventurar pela primeira vez como diretor para mostrar um pouco mais sobre a personalidade por trás do lendário guitarrista Jimi Hendrix, que entrou para a história do rock no final dos anos 1960.



Diferentemente do que se esperava quando o filme foi anunciado, ele não tem a proposta de ser uma biografia completa do artista, e se passa apenas em um breve período de tempo, entre 1966 e 1967. Porém, esse curto espaço de tempo pode ser considerado um divisor de águas em sua carreira, pois foi onde ele começou a surgir definitivamente para o mundo.

Linda Keith (Imogen Poots), namorada de Keith Richards na época, foi até o bar noturno de Nova York onde Hendrix tocava com a banda "The Blue Flames" e logo ficou encantada com o que viu. Decidida a fazer de tudo para alavancar sua carreira, ela conversou com produtores e outros artistas do ramo até conseguir uma chance de ouro nas mãos de Chas Chandler (Andrew Buckley), até então baixista da banda The Animals, que o levou para a Inglaterra.



Aliás, é interessante como o diretor faz diversas referências da época, como o próprio The Animals, assim como os Rolling Stones, Bob Dylan e o também lendário guitarrista Eric Clapton. A trilha sonora do filme é encantadora, mesmo que não tenha sido utilizada nenhuma música original de Hendrix por questões legais.

O ator Andre Benjamin consegue personificar com perfeição a figura de Hendrix, com sua voz calma em contraste com seu comportamento explosivo, que muitas vezes causou confusões principalmente com Phoebe (Amy De Bhrún), sua namorada na época. Apesar de deixar um sentimento de que falta algo no final, não dá para dizer que seja um filme ruim, e vale a pena pelo menos para viajar nos acordes e solos de guitarra de um ícone da música mundial que nos deixou cedo.


2 comentários: