quinta-feira, 23 de abril de 2015

Crítica: Cinderela (2015)


De uns anos para cá, temos acompanhado uma série de filmes que vieram para estragar contos infantis clássicos, deturpando a estória e, muitas vezes, levando elas ao absurdo completo. Exemplo disso são Branca de Neve e o Caçador, João e Maria - Caçadores de Bruxas e A Garota da Capa Vermelha, esse último levemente baseado na história de Chapeuzinho Vermelho.  Por conta disso, posso me dizer satisfeito após assistir Cinderela (Cinderella), nova versão da Disney para um dos contos mais populares da humanidade, e eu explico o porque.



Pois bem, a história todos já conhecem: uma menina, filha de um comerciante rico, passa a morar com sua malvada madrasta e suas duas filhas depois da morte do pai. Além de perder seu espaço na casa, ela ainda se vê obrigada a fazer todos os afazeres domésticos, sempre sendo motivo de deboche das "irmãs". Tudo muda, porém, quando um rei decide fazer um baile para escolher sua noiva, e Cinderela consegue ir à festividade com ajuda de sua fada-madrinha.

A primeira coisa que se deve elogiar é o fato do enredo do filme não fugir da história original, conseguindo captar com preciosidade toda a magia dos contos de fadas sem ser chato ou apelativo demais. Aliás, achei importante o diretor ter dado uma atenção especial ao que acontece à jovem antes dela ir morar com a madrasta, como a morte da sua mãe por exemplo, o que quase nunca é citado. O filme ainda difere de outros exemplos recentes ao manter Cinderela como uma jovem bela, gentil e ingênua, assim como é nos contos originais, sem tentar remodelar e transformá-la numa mulher de luta e garra. A Disney tentou ser o mais fiel possível, e conseguiu.



Por fim, o ponto alto do filme é certamente o elenco. Para começar, temos Cate Blanchett como a madrasta de Cinderela, impecável diga-se de passagem. Lily James segura bem as pontas como Cinderela, assim como Richard Madden na pele do "príncipe encantado". Quem ainda rouba a cena é Helena Bonham Carter, numa pequena participação como fada-madrinha, papel que lhe caiu como uma luva. Há que se dizer que, de inúmeras versões da história já existentes no cinema, essa já pode ser considerada a definitiva.


Um comentário:

  1. Para o meu gosto, é um filme de boa qualidade e atende às expectativas. Eu gostei muito e tem boa qualidade. Agora que está dentro do programação HBO, eu não hesitará em vê-lo novamente, porque é tão pena. Talvez a única coisa que eu não gostei nada, foi interpretado por Richard Prince Medden.

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