segunda-feira, 20 de abril de 2015

Crítica: Como o Vento (2014)


O cinema italiano sempre foi conhecido por seu tom político/crítico, e pela competência com que trata isso nas telas. Sendo drama, suspense ou até mesmo comédia, os filmes da país sempre buscaram trazer reflexões acerca da política, não só regional, como mundial, e Como o Vento (Come il Vento) não foge disso.



No filme do diretor Marco S. Puccioni, acompanhamos a história real de Armida Misere (Valeria Golino), uma mulher de muita coragem e determinação, que ganhou notoriedade e respeito por ter sido uma das primeiras mulheres a assumir o cargo de diretora em uma penitenciária. Além de mostrar um pouco da sua carreira, o filme vai mais a fundo em sua história de vida, mostrando todo o sofrimento pessoal pelo qual ela passou.

Mesmo recebendo ameaças e sendo muitas vezes desrespeitada pelos detentos, ela nunca desistiu da profissão, o que acabou trazendo uma série de problemas pessoais no decorrer dos anos. O pior deles foi a morte do marido, Umberto Mormile (Filippo Timi), que ocorre logo no começo do filme e serve de base para o restante do enredo. 



Enquanto comanda as prisões mais perigosas da Itália e bate de frente com a máfia, ela não desiste de investigar e tentar descobrir quem foram os responsáveis por trás da morte do marido, e através de flashbacks, acompanhamos essa busca incessante pela verdade. 

O ponto positivo do filme é a atuação de Valeria Golino, que tirou de letra uma personagem bastante complexa. O enredo é bem redondo e prende até o fim a atenção, e por tudo isso, posso dizer que Como o Vento é um dos filmes italianos mais interessantes dos últimos anos.


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