segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Crítica: Nocaute (2015)


O cinema americano tem adoração por histórias de superação que envolvem algum tipo de esporte, e o boxe é uma das modalidades que mais ganharam espaço nas telas em todos estes anos. Como não lembrar por exemplo de Touro Indomável, clássico absoluto de Scorsese, da franquia de Rocky Balboa ou do oscarizado Menina de Ouro, do Clint Eastwood? Pois em 2015 o boxe volta aos cinemas em Nocaute (Southpaw), novo filme do diretor Antoine Fuqua (Dia de Treinamento / Lágrimas do Sol), roteirizado por Kurt Sutter (criador da série de televisão Sons of Anarchy).



Billy "The Great" Hope (Jake Gyllenhaal) é um boxeador de sucesso que vive em Nova Iorque com a esposa Maureen (Raquel McAdams) e a filha pequena Leila (Oona Laurence). Preocupada com a intensidade das lutas, que estão ficando cada vez mais violentas, Maureen consegue convencer Billy a se aposentar enquanto está no topo, e ele larga tudo para se dedicar em tempo integral à família.

Quando o casal vai participar de um evento beneficiente numa entidade pela qual eles tem um grande carinho, uma enorme tragédia acaba acontecendo após se encontrarem com Miguel "Magic" Escobar (Miguel Gomez), um famoso boxeador que tem um forte ressentimento com Billy por nunca ter sido aceito para uma luta.



A partir desta fatídica noite, a vida de Billy desaba. Desesperado e se sentindo culpado pelos acontecimentos, ele chega literalmente ao fundo do poço, passando a viver de aluguel após vender a casa, além de trabalhar como faxineiro numa academia gerenciada por Titus "Tick" Wills (Forest Whitaker). 

Aos poucos, Titus vai convencendo Billy a retornar ao ringue, e a grande chance surge quando seu antigo agente, Jordan Mains (50 Cent), consegue uma luta justamente contra o algoz Escobar. Enquanto luta para se reerguer profissionalmente, Billy ainda precisa brigar na justiça pela guarda de sua filha, que ele perdeu após se envolver em inúmeras confusões. 



Apesar das qualidades técnicas, o enredo segue um clichê básico dos filmes do gênero, e essa falta de ousadia acaba deixando o resultado final previsível e abaixo do esperado. O que salva o filme é a atuação extremamente competente de Jake Gyllenhaal, que mais uma vez prova ser um dos melhores atores desta nova geração. A trilha sonora de James Horner, que faleceu antes de ver o filme pronto e recebeu uma homenagem no crédito final, também é um dos pontos altos do filme.

Por fim, Nocaute peca justamente por não trazer nenhuma novidade, mas para quem gosta do gênero, não deixa de ser uma boa pedida. Principalmente pela veracidade impressionante das cenas em cima do ringue, que deve deixar os amantes do boxe hipnotizados.


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