segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Crítica: A Colina Escarlate (2015)


O mexicano Guillermo Del Toro ganhou muitos admiradores de uns anos para cá graças a seu trabalho magnífico na construção de criaturas e cenários fantásticos, principalmente em filmes como A Espinha do Diabo (2001) e O Labirinto do Fauno (2006). Pois em 2015 ele está de volta ao terror com A Colina Escarlate (Crimson Peak), filme que tecnicamente é impecável, mas que infelizmente se mostra fraco em todo o resto.


Thomas Sharper (Tom Hiddleston) viaja até os Estados Unidos para encontrar alguém que aceite investir em uma misteriosa máquina que ele inventou, capaz de extrair da terra, de forma mais rápida e eficiente, um conhecido líquido vermelho. Enquanto tenta convencer o magnata Carter Cushing (Jim Beaver) a ajudá-lo, Thomas conhece a filha dele, Edith (Mia Wasikowska), que logo se apaixona perdidamente pelo rapaz.

A jovem aceita se casar com Thomas e viaja junto com ele para sua mansão na Inglaterra, que graças à sua localização é conhecida como "A Colina Escarlate". Na nova casa, Edith vai descobrindo aos poucos a estranha relação que existe entre Thomas e sua irmã Lucille (Jessica Chastain), além de se deparar com inúmeros acontecimentos sobrenaturais que vão revelando coisas terríveis sobre o passado do lugar.


A direção de arte é realmente impressionante, e combina com todo o clima do filme. A mansão de Thomas, por exemplo, foi totalmente construída do zero, apenas para a gravação do filme, o que já demonstra todo o perfeccionismo que Del Toro tem na criação de tudo. O enredo do filme, no entanto, peca feio em desperdiçar uma produção dessas em uma história fraca e absolutamente sem graça. 

As atuações não comprometem, mas confesso que continua achando Mia Wasikowska extremamente fraca. Tom Hiddleston também não me agrada muito, mas até que segura bem as pontas dessa vez. O destaque vai mesmo para Jessica Chastain, uma das melhores atrizes da atualidade, que tinha em mãos um papel que exigiu bastante de si mesma e conseguiu ir muito bem.


Por fim, A Colina Escarlate é de fato um filme fraco que se arrasta do início ao fim, com personagens (principalmente os sobrenaturais) mal aproveitados e uma história inconstante, provando que por mais incrível que seja a ambientação e os detalhes técnicos de uma produção, nem só disso vive um filme.

Um comentário:

  1. O trabalho de Guillermo del Toro sempre me deixa satisfeita. Tem uma visão muito particular na hora de dirigir seus filmes. Adorei como fizeram a historia por que não tem nenhuma cena entediante. É uma produção espetacular. Charlie Hunnam se compromete muito com o personagem. Considero que madurou como ator. É o ator mais bonito e adorei vê-lo neste filme. Tambem vi no filme Rei Arthur. Ele sempre surpreende com os seus papéis, pois se mete de cabeça nas suas atuações e contagia profundamente a todos com as suas emoções.Seguramente o êxito de filme Rei Arthur de deve-se a participação de Charlie Hunnam porque tem muitos fãs que como eu se sentem atraídos por cada estréia cinematográfica que tem o seu nome exibição. Suas expressões faciais, movimentos, a maneira como chora, ri, ama, tudo parece puramente genuíno. Vi este filme por que amo aos atores que participam nele.

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