sexta-feira, 24 de junho de 2016

Crítica: Decisão de Risco (2016)


O enredo de Decisão de Risco (Eye in the Sky), novo filme de Gavin Hood, acompanha uma delicada operação militar dos exércitos do Reino Unido e dos Estados Unidos em Nairóbi, no Quênia. Comandada pela Coronel Katherine Powell (Helen Mirren), a operação consiste em capturar dois britânicos e um norte-americano que integram um grupo terrorista local, o Al-Shabaab, que está planejando um ataque na região.


Para ajudar na missão, eles contam com os tenentes Steve Watts (Aaron Paul) e Carrie Gershon (Phoebe Fox), que controlam um drone carregado com mísseis direto de uma base militar em Nevada, nos Estados Unidos. Quando é descoberto o encontro dos terroristas em uma casa, o exército se prepara para atacá-la, mas porém, uma vida inocente acaba sendo envolvida no meio.

A partir desse imprevisto, uma série de pessoas acabam sendo envolvidas, em diversos locais diferentes, e uma simples decisão acaba se tornando um martírio. Lançar o míssel e causar danos colaterais em uma pessoa inocente, ou não agir e correr o risco de um atentado de proporções muito maiores? Entre figuras importantes como Generais e Ministros de ambos os países, todos vão dando suas opiniões acerca do dilema, ao mesmo tempo em que todos tentam empurrar para outros a decisão final. É até cômico ver como decisões de vida ou morte são tomadas pelo alto escalão dos governos mundiais, e o diretor não se exime de mostrar isso.

O elenco de gala trabalha muito bem e consegue transparecer toda a tensão e o nervosismo gerado pelas decisões, todas com pouco tempo para serem tomadas. Além das atuações riquíssimas de Helen Mirren e Alan Rickman, vale destacar ainda a participação de Aaron Paul e Barkhad Abdi, todos de extrema importância para o andamento.


Com um roteiro empolgante, que não deixa o espectador desgrudar um só segundo os olhos da tela, Decisão de Risco foge do clichê e se mostra um filme bastante corajoso, principalmente por criticar sem medo o jeito com que os países desenvolvidos lidam com os problemas dos países mais pobres.

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