domingo, 25 de dezembro de 2016

Crítica: Cães de Guerra (2016)


Conhecido pela trilogia Se Beber Não Case, o diretor Todd Phillips resolveu deixar de lado a comédia para apostar em um filme mais sério. Cães de Guerra (War Dogs) mostra os bastidores da máquina de guerra americana e do tráfico internacional de armas, o mais lucrativo do mundo. 


A trama é narrada por David Packouz (Miles Teller), um jovem que ganha a vida como massagista de ricaços em Miami. Certo dia, David reencontra Eifram Diveroli (Jonah Hill), um amigo de infância que ele não via há anos, e descobre que o mesmo está ganhando uma grana preta com a venda de armas. Necessitando de dinheiro após a namorada Iz (Ana de Armas) ficar grávida, David decide aceitar o convite do amigo para entrar no negócio.

A partir daí, a vida de David muda drasticamente. A pacata tranquilidade do dia dia dá lugar à perigosa nova realidade, e as coisas se intensificam quando ele e Eifram descobrem um jeito de lucrar milhões com as guerras no Iraque e no Afeganistão através de acordos feitos com o próprio governo dos Estados Unidos.


Você nunca se perguntou porque os Estados Unidos não se metem nos conflitos do Oriente Médio? Ou ainda, de onde exércitos e guerrilheiros de países de terceiro mundo tiram dinheiro para tantas armas e munições? Baseado em um artigo escrito por Guy Lawson para a revista Rolling Stone, o grande mérito do filme é mostrar, justamente, como o governo americano manipula as guerras pelo mundo e o quanto isso é lucrativo para quem investe nisso.

Miles Telles, um dos atores jovens mais respeitados da atualidade, tem uma atuação firme e até mesmo Jonah Hill, de quem tenho uma certa implicância, cumpre bem o seu papel. Mas o grande destaque fica mesmo por conta da trilha sonora, embalada por grandes clássicos do rock n' roll. Enfim, Cães de Guerra nos entrega cenas de ação bem feitas e alívios cômicos inteligentes, e isso o torna um filme diferenciado em meio a tantos filmes de ação recicláveis.

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