domingo, 4 de dezembro de 2016

Crítica: Quando o Dia Chegar (2016)


Baseado em histórias reais ocorridas em orfanatos da Dinamarca nos anos 1960, Quando o Dia Chegar (Der Kommer en Dag), do diretor Jesper W. Nielsen, traz uma exposição nauseante da situação de uma dessas instituições, onde um diretor tirano e seus funcionários usavam e abusavam do poder contra os menores.


Elmer (Harald Hermann) e Erik (Albert Lindhart) são dois irmãos inseparáveis, de 10 e 13 anos, que vivem com a mãe em Copenhagen. Com a doença da mesma, os dois acabam sendo transferidos para o orfanato Gudbjerg, tido como um dos melhores e mais conceituados do país. Não demora, no entanto, para eles vivenciarem uma realidade que eles não estavam preparados para enfrentar.

Comandado por Frederik (Lars Mikkelsen), o lar tem suas próprias regras e princípios de disciplinação, constituídos de violentos castigos e demais humilhações. Mesmo a presença da nova professora, Lilian (Sofie Grabol), uma mulher direita e de bom coração, não é suficiente para frear o descontrole do diretor e seus fieis comandados.


Numa época cheia de mudanças de comportamento, em que só se falava do avanço espacial, Elmer buscava forças na imaginação e no sonho de se tornar astronauta para enfrentar as dificuldades e tentar arrumar uma maneira de fugir do local junto com o irmão. Com atuações impressionantes dos atores mirins, Quando o Dia Chegar é um filme extremamente forte e pesado, mas com uma sensibilidade única.

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