sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Crítica: A Garota no Trem (2016)


Baseado no livro homônimo da jovem escritora Paula Hawkins, A Garota no Trem (The Girl on the Train) é um filme intrigante, cujo clima de mistério segura a atenção até o fim graças a uma trama ousada e cheia de reviravoltas.

A história começa acompanhando Rachel (Emily Blunt), uma mulher separada e sozinha que viaja todos os dias de trem para o trabalho. Durante as idas e vindas, ela adquire o costume de fantasiar sobre a vida de Megan (Haley Bennett) e Scott (Luke Evans), um casal que mora em uma casa na beirada dos trilhos, na mesma rua em que ela morava um tempo atrás. 

Junto com a história de Rachel, o enredo mostra também a vida desse casal e a de Tom (Justin Theroux), o ex-marido dela, que ainda mora na mesma casa mas junto com outra mulher (Rebecca Ferguson) e uma filha pequena. Visivelmente perturbada, ela é acusada pelo ex e sua esposa de tentar fazer algo de ruim para a criança, já que quando eram casados, Rachel sempre teve o sonho de ter filhos mas nunca conseguiu realizá-lo
 
As três histórias se cruzam e tomam um rumo inesperado quando numa das viagens de trem Rachel enxerga Megan traindo o marido. Obcecada pelo casal, ela vai atrás de Scott para lhe contar tudo, mas nem imagina que isso é só a ponta do iceberg de um problema muito maior.

Com o uso de flashbacks, o filme traz diversas questões a serem discutidas. A principal delas é a relação abusiva que muitos casais mantém, onde a mulher se submete, muitas vezes por não ter outra alternativa, a tratamentos violentos e humilhações. Apesar da parte técnica ser elogiável, é inevitável dizer que o filme não seria o mesmo sem Emily Blunt, visceral em seu papel. Com um roteiro competente e fiel ao que propõe, A Garota no Trem se tornou uma das gratas surpresas do ano de 2016. 

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