segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Crítica: Loving (2016)


Richard (Joel Edgerton) e Milded (Ruth Negga) formam um casal feliz, cheio de planos para o futuro. Com o suor do trabalho de pedreiro, Richard conseguiu comprar um pedaço de terra e os dois decidiram finalmente se casar. Até então, uma história como outras tantas já mostradas, mas tem um porém: ele é branco, ela é negra, e eles vivem na Virgínia segregada dos anos 1950, onde o casamento inter-racial é proibido por lei. 


Baseado na história real do casal homônimo, o filme de Jeff Nichols aborda essa relação de forma singela, mostrando sobretudo o grande amor que existia entre os dois. E nisso, há de se elogiar muito as atuações de Edgerton e Negga, que conquistam o espectador com seu jeito introspectivo, de poucas palavras. 

Proibidos de casar no estado onde moravam, eles decidiram viajar até Washington, onde a lei já permitia a união entre raças. Porém, na volta para casa, ambos foram presos por estarem casados e, consequentemente, por descumprirem a lei local. Começa então o martírio em tribunais, no processo que ficou conhecido posteriormente por mudar as leis sobre o assunto. 




É triste pensar que algo do tipo ocorreu há cerca 50 anos atrás, e que muitos hoje ainda defendem a ideia de segregação. Afinal, como alguém pode definir o amor pela cor da pele? E principalmente, como alguém pode definir caráter por isso? E é por estas e outras questões que Loving se torna um filme importante é até mesmo atemporal.

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