quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Crítica: Monsieur & Madame Adelman (2017)


Existe sentimento mais belo que o amor? Essa frase parece piegas, e talvez até mesmo seja, mas é a mais pura verdade. O amor, quando verdadeiro, vence barreiras, transpõe diferenças, e mesmo passando os anos ainda continua vivo, independente do que aconteça. É baseado nessa máxima que Monsieur & Madame Adelman se estabelece, contando uma história de amor que durou mais de quatro décadas.



A trama começa no velório do escritor Victor Adelman (Nicolas Bedos), que acaba de falecer para tristeza de familiares e admiradores da sua obra. Entre eles está um jovem escritor, que está escrevendo um livro sobre a vida e a carreira de Adelman. Ele aproveita a oportunidade para entrevistar Sarah (Doria Tillier), a esposa de Victor, que abre o coração e começa a contar toda a história de amor dos dois, desde 1971, quando se conheceram por acaso em um bar.

Dividido em capítulos, o filme vai passando de ano em ano e mostra a evolução deste romance, enquanto aborda aspectos políticos da conturbada França em uma época de mudanças. Victor e Sarah viveram mais de 40 anos juntos, e história é o que não falta. Entre altos e baixos, o casal vai levando a vida, sempre buscando aproveitar os bons momentos que a vida reserva mesmo diante das dificuldades.



O diretor acerta em abordar o romance com toques cômicos, apesar do filme não ser necessariamente uma comédia. Se o casal Adelman viveu momentos de felicidade, viveu também tristezas e desavenças, como acontece na vida de todos nós. As atuações são exemplares, e o amadurecimento dos dois, tanto fisica como psicologicamente, é mostrado com competência. Monsieur & Madame Adelman é um filme de personagens fortes, sobretudo Sarah, que é para mim o grande nome dessa história.


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