quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Crítica: Três Anúncios Para um Crime (2018)


Cinco anos após lançar o genial Sete Psicopatas e um Shih Tzu, Martin McDonagh volta às telas com um humor negro ainda mais afiado em Três Anúncios Para um Crime. Tido como um dos favoritos ao Óscar deste ano, o filme se passa na cidade de Ebbing e acompanha Mildred Haynes (Frances McDormand), uma mulher que sofreu uma reviravolta nos últimos meses após sua filha ter sido estuprada e brutalmente assassinada numa estrada abandonada da região. 


Indignada por ver o caso sendo deixado de lado pela polícia local, ela decide alugar três outdoors e colocar mensagens exigindo respostas em cada um deles, tendo como alvo o detetive Bill Willoughby (Woody Harrelson). Se sentindo culpado por nunca ter encontrado o verdadeiro responsável pelo crime, o detetive decide recomeçar as investigações, mas ao mesmo tempo, precisa lidar com um câncer terminal e o futuro de sua família quando o pior acontecer.  

Uma característica muito presente no filme é a forma como os personagens vão agindo de forma errada, ainda que para eles estejam certos, e como cada decisão vai criando consequências numa espécie de efeito dominó. São personagens extremamente humanos, com qualidades e defeitos, e um dos maiores exemplos disso é o policial Dixon (Sam Rockwell), que pode ser quase considerado uma espécie de vilão. Beberrão, inconsequente e sem escrúpulos, ele não mede esforços para estragar sua reputação.


Dando vida a uma mulher forte e determinada, Frances McDormand tem talvez o grande papel de sua longa carreira. Sua atuação é maravilhosa e digna de vencer todas as premiações deste início de temporada. Além das boas atuações e de um elenco competente, o filme possui muitos diálogos marcantes, que fazem pensar bastante sobre a natureza humana e suas nuances.

A estética dos filmes de McDonagh lembram muito a maneira de dirigir dos irmãos Coen, pela maneira de desenvolver os personagens, pela violência natural, pelo humor negro e pelo próprio enquadramento de câmeras. Mas com assinatura original de um diretor que vem pouco a pouco escrevendo seu nome no circuito.


Um comentário:

  1. Adorei a trilha sonora, uma parte fundamental do filme. Acho que é realmente bom, o que mais gostei é o elenco, é excelente, Abbie Cornish é uma das melhores atrices do gênero, recém vi seu participação em Tempestade: Planeta em fúria, é um dos melhores filmes de ação em 2018, além o suspense que tem é ótimo. Sinceramente os filmes de ação não são o meu gênero preferido, mas devo reconhecer que Tempestade superou minhas expectativas. Adorei está história, por que além das cenas cheias de efeitos especiais, realmente teve um roteiro decente, elemento que nem todos os filmes deste gênero tem.

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