quinta-feira, 15 de março de 2018

Crítica: Confronto no Pavilhão 99 (2017)


Volta e meia surge no mundo do cinema um nome que vem para revolucionar a forma de fazer filmes, e dessa vez um dos nomes mais preciosos (mesmo ainda sendo bastante desconhecido) é o de S. Craig Zahler. Com 45 anos de idade, Zahler começou tarde na carreira cinematográfica, mas já vem mostrando que veio pra ficar.




Depois do visceral Rastros de Ódio (Bone Tomahawk), ele volta às telas com Confronto no Pavilhão 99 (Brawl in Cell Block 99) que acompanha a vida de Bradley Thomas (Vince Vaughn), um homem que acaba de ser demitido do seu emprego. Precisando de algo para seguir em frente, e sem muitas perspectivas, ele decide trabalhar para um amigo traficante fazendo entregas.

Meses depois ele é pego numa operação policial e é condenado a sete anos de prisão. Logo nos primeiros dias de cadeia ele fica sabendo que sua mulher, grávida, foi sequestrada por inimigos e a única forma dela sair viva disso é se ele se prontificar a matar um homem na prisão. O problema é que o alvo não está na mesma prisão que Thomas, mas sim no pavilhão 99 da prisão de segurança máxima, a mais temida e controlada do país.

Assim como o filme anterior do diretor, este é brutal e direto, sem rodeios e nenhum tipo de enrolação. Alguma cenas finais incomodaram um pouco na hora por ter ficado evidente o uso de bonecos em cenas de execução, mas depois, parando para pensar e analisar o estilo do diretor, percebi que foi tudo proposital. Isso já havia sido registrado em Bone Tomahawk, numa maneira de flertar com os filmes trash.


O diretor conseguiu mais uma façanha que deve ser reconhecida: tirar o melhor de Vince Vaughn, um ator que para mim é bastante inconsistente mas que dessa vez tem uma atuação digna de elogios. Confronto no Pavilhão 99 é uma homenagem aos filmes de prisão, mas com estilo próprio e único, que faz do filme uma das gratas surpresas do ano.

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